segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Brasil de Luto

O BRASIL ESTÁ DE LUTO E EU TAMBÉM!

Meu coração chora diante da tragédia que se abateu sobre nossos irmãos de Santa Maria - RS. Minha alma está triste, diante da quantidade de jovens que perderam suas vidas nesse terrível incêndio. Quero deixar aqui registrado minha solidariedade e profundos sentimentos a todas as famílias que perderam seus entes queridos.

Imagem: Brasil de Luto por Sponholz para o site humorpolitico.com.br


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O Tempo Mudou



Texto: O TEMPO MUDOU
Autor: Sidney Santborg

Estava esperando o meu sol brilhar.
Mas você demorou... Pois andava devagar.
Fiquei sem saber que direção tomar.
O tempo já fechou e eu não pude acreditar.

O tempo já mudou e eu não pude voltar.
O tempo já mudou e eu não pude aproveitar.

O céu estava azul e era lindo o meu dia.
Porém cinza se tornou quando disse que não viria.
A chuva começou e algo já me dizia.
Prenúncio de uma tempestade como antes eu não via.

O tempo já mudou e disso eu já sabia.
O tempo já mudou, mas isso me confundia.

Esse tempo é inconstante e eu já devia saber.
Muda a todo instante assim como o seu querer.
Quando está fazendo sol de repente vai chover.
Você aquece o meu desejo e finge não perceber.

O tempo já mudou e assim não vou viver.
O tempo já mudou e eu não quero mais te ver.

O tempo já mudou e eu sigo meu caminho...
O tempo já mudou, não importa se sozinho.

O tempo já mudou e eu já vejo alguém...
O tempo já mudou e agora eu também.

Imagem: http://nuncavouescrever.wordpress.com/2010/03/

sábado, 12 de janeiro de 2013

Mundo "UM"



Texto: MUNDO “UM”
Autor: Sidney Santborg

Os anos passam tão rápido que não nos damos conta...
Pois a cada dia estamos preocupados em crescer e nos mostrar.
Que acabamos esquecendo aquele futuro que um dia sonhamos...
Na infância não víamos a hora de ser e parecer adultos...
E poder aproveitar a liberdade que esse crescimento traz.
Ledo engano, essa liberdade acaba nos aprisionando...
E muitas vezes nos fazendo desistir daquilo que acreditamos.
Há uma cobrança de um mundo social que nos molda para ser “UM”.
Parecer “UM”; igual “UM”; viver como “UM” e morrer “UM”.
Um indivíduo caracterizado dentro de um grupo como pessoa...
Do tipo bem-sucedido, bem-visto e benquisto...
Onde a carapaça da hipocrisia é vestida todos os dias.
Como uma fantasia para ser cordialmente aceito.
E a vida passa a ser um espetáculo teatral.
A necessidade dessa vida ficta é mostrar o seu poder.
Poder ter, poder ser, poder fazer e poder dizer: eu posso!
Eu tenho! Eu sou! E você é o quê? O que conseguiu? O que tem?
A educação muitas vezes me impede de dizer a estes: tenho vergonha na cara!
Não quero fazer parte disso! Quero continuar sonhando...
Continuar acreditando que vale a pena viver feliz com o pouco.
Não me importa se já não sou uma criança e se hoje estou mais velho.
Não importa se o amanhã pode não existir da forma que estou aguardando.
Porque essa espera é que me impulsiona e faz a minha vida valer a pena...
Se não sou visto como alguém que faz parte do Mundo “UM”.
Não tem problema. Esse não é o meu objetivo...
Pois tenho identidade e dignidade!
Vivo o meu mundo, onde a simplicidade é que prevalece...
Onde a humildade é que enobrece e onde os sonhos fortalecem...
Não só o meu corpo para aguentar os pesos dos meus dias nesta Terra,
Mas para manter a minha alma feliz e o meu espírito em paz.

Imagem retirada do blog: http://blogdoprofessorandrio.blogspot.com.br/2012/09/mundo-perfeito.htm

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Maria e o seu Beija-flor



Conto: MARIA E O SEU BEIJA-FLOR
Autor: Sidney Santborg

Essa não é uma ficção é real...
É a história de Maria que na correria do dia a dia se encontrou com o seu amor.
Estava ela atrasada para o trabalho, andando rápido para pegar sua condução. Quando de repente, se deparou com algo que lhe chamou atenção. Era um pássaro, estava todo molhado pelo orvalho, era pequeno, frágil e não conseguia voar. Maria olhou para o alto das árvores, mas nem um ninho conseguiu enxergar... Sensibilizada resolveu levá-lo aos bombeiros, que nada puderam fazer. Então, decidiu seguir o que disseram: leve-o com você e cuide até crescer...
A partir daquele momento começou o cuidado materno de pura dedicação, da flor Maria que alimentava o seu filho com o néctar feito por sua mão. Água de açúcar, sucos de maçã, sucos de pera e tudo para tentar alegrá-lo... E com o passar dos dias ele já a reconhecia e abria o bico quando lhe via para alimentá-lo. O alimento era dado de forma improvisada para deixá-lo livre e independente. Para isso até uma seringa foi necessária, o que deixava Maria feliz e sorridente.
Certo dia ele começou a voar... Não tinha muita habilidade somente fazia pequenos voos. Pois logo sua energia acabava e angustiado piava para Maria buscar... Em outro dia, Maria não conseguiu encontrá-lo e o desespero tomou conta. Muito preocupada chamava seu filho e agora angustiada era ela que começava a piar. De súbito pegou a seringa na mão elevou levemente para cima, mesmo sem tê-lo no campo de visão, começou a chamá-lo de forma carinhosa, como um neném a quem havia concebido. E nesse momento surpreendeu-se  por seu neném vir ao seu encontro para se alimentar. A flor Maria segurava a seringa e o seu colibri já se alimentava com o seu bailado parado no ar.
Maria se emocionou e começou a chorar... Mas ele não estava tão independente, pois cansava com facilidade e era necessária a ajuda de Maria para poder apoiá-lo em sua mão e ele terminar. A flor mãe que já sofria vendo seu bebê voar, já se preparava emocionalmente para o dia em que ele resolvesse a deixar.
E um ensaio aconteceu... Em um dia de calor, seu beija-flor saiu pela janela e resolveu se refugiar em um pequeno arbusto na casa de uma vizinha. Maria sofria, pois parecia que naquele momento ele já não ia mais voltar. Ficou triste, mas tentava entender, só ficava imaginando se ele ia ter força para buscar sobreviver. Tentou desligar-se, mas depois de certo tempo, ela já ouvia o piado do seu filho, que com fome não tinha força para voltar. Maria passou a buscá-lo insistentemente, mas não conseguia vê-lo... Então, resolveu usar o mesmo artifício da seringa, para que onde ele estivesse pudesse vê-la... E funcionou, o pobre colibri tentou chegar até Maria, mas sem energia caiu antes de alcançar sua mãe. O coração da flor mãe chorou e desesperada pediu para os vizinhos ajudarem nas buscas pelo seu bichinho... Depois de alguns minutos conseguiram e ela pôde descansar e alimentar seu filhinho que logo que a viu abriu seu bico e a seringa começou a sugar.
Passado todo esse susto, Maria começou a ter mais cuidado com as janelas, para que ele não voltasse a fugir, pois realmente ele ainda não era capaz de sobreviver sozinho. E fazia de tudo para que ele pudesse se sentir em seu habitat, colocava galhos de árvores dentro de casa, improvisou um ninho feito de palhas e o colocou em uma pequena vasilha que deixava pendurada em um canto especial para ele dormir. Ela tentava de tudo para prolongar aqueles momentos com ele, para que pudesse realmente ficar forte e apto à sobrevivência em seu habitat natural. E estava funcionando, pois a cada dia ela se surpreendia com a sua força, com os seus voos rápidos e com a sua independência... Ele parecia muito confiante, embora ainda fizesse aquele charme de menino carente quando estava com fome, mas isso para Maria era algo que a deixava feliz, pois via o reconhecimento daquele bichinho que outrora tão frágil e agora já se tornara um pássaro forte. Maria se emocionava e as lágrimas rolavam sobre seu rosto com facilidade.
Os dias foram passando e o beija-flor neném já se sentia um beija-flor adulto, mas para Maria ele ainda era aquele bichinho que ela encontrou na rua. E por isso o deixava sempre dentro de casa, solto é verdade, pois tinha liberdade de voar pela casa toda, mas as cortinas sempre estavam fechadas. Em certo dia, Maria estava na sala com a janela aberta, pois cochilava no sofá, seu beija-flor estava a chamando, mas o sono a traiu... Ele saiu do quarto e foi em direção à sala, com aquele piado característico de quando estava com fome. Meio atordoada ela acordou e lembrou-se da janela, ficou com medo e com uma toalha o espantou para a cozinha, mas ele, mais assustado do que ela, saiu pelo basculante da cozinha e Maria chorou.
A tristeza tomou conta de Maria, pois se sentia culpada pelo o que ocorreu... Ela não conseguia compreender que aquele foi o momento em que ele escolheu para dizer adeus, pois embora tivesse ficado como um bichinho doméstico, ele era silvestre e mais cedo ou mais tarde iria buscar seguir o seu caminho. Ela ficava pensando se ele ia conseguir sobreviver sem os seus carinhos, sem o néctar feito por ela, sem a sua seringa, que ela chamava de mamadeira... Ela tentou de todas as formas encontrar seu filhinho. Saiu às ruas com a seringa na mão chamando seu neném, não se importava se estava como uma louca na rua; o que queria era poder ser de novo a flor do seu colibri, queria voltar a ser a flor mãe pra alimentar seu filho, queria a alegria de vê-lo bailando pela casa e principalmente vivo. Pois o seu maior medo era que ele não conseguisse sobreviver.
Por alguns dias Maria ficou sem saber do seu beija-flor, chorou muito e todos os dias sentia a angústia de tê-lo perdido e sofria ainda mais quando imaginava que não estaria vivo. Chegava a colocar a vasilha com o seu ninho de dormir na janela para ele voltar, mas nada acontecia... Até que um dia, Maria voltou a sorrir, pois seu beija-flor neném resolveu visitá-la e tranquilizá-la... Era uma forma de dizer: mãe eu estou bem e estou vivo, não se preocupe. Maria chorou e emocionada agradeceu a Deus pela dádiva alcançada, por ter feito parte da vida de um ser tão especial. Depois disso o Beija-flor neném sempre volta para visitar sua mãe, que emocionada chora de alegria pelo filho amado. História de Maria e o seu amor; história de Maria e o seu beija-flor.

Imagem retirada do blog: http://refugiodosfujoes.blogspot.com.br/2011/02/condinome-beija-flor.html
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