Quando ouvi falar sobre Gaby Amarantos, confesso que olhei com pouco entusiasmo para aquela figura advinda da Internet, não sabia nada sobre sua carreira, mas como ouvi falar sobre “Beyoncé do Pará”, achei que era mais um estereótipo criado pra chamar a atenção.
Ledo engano, Gaby Amarantos não é um fantoche criado por gravadoras, sem sombra de dúvidas, ela chama atenção, não só por ser extravagante em suas vestimentas, muitas vezes psicodélica, é verdade, mas é dona de uma voz muito forte e é inquestionável o seu talento.
Ela representa um ritmo muito popular em sua terra, o tecnobrega, que para muitos pode até soar pejorativo, mas é por desconhecer a força desse movimento no estado do Pará, cuja extravagância faz parte e abusa dos efeitos visuais, misturando a tecnologia de som e iluminação com a cultura local. Constitui um dos ritmos das camadas mais populares daquele estado, assim como o funk está para o Rio, o reggae para o Maranhão, o brega para Pernambuco e a quebradeira para Bahia, movimentos culturais das periferias que têm se espalhado pelo Brasil e até pelo mundo.
Gaby tem alcançado o sucesso pelo seu talento e sua originalidade, ganhado espaço na mídia e entre os artistas de nome no Brasil. Ela tem sido citada até no exterior e o seu ritmo como música eletrônica da Amazônia.
A verdade é que Gaby Amarantos e o tecnobrega têm conquistado o seu espaço. E por terem estilos apoteóticos, recebem algumas críticas, mas que incontestavelmente, têm mostrado sua força por serem a simbologia de um povo que não se envergonha de dizer, eu existo.
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