Texto: MINHAS
RETICÊNCIAS
Autor: Sidney
Santborg
O que eu quero
dizer?
O que eu quero
fazer?
As minhas
reticências são incógnitas.
São mundos
desconhecidos dentro de mim.
São palavras
indecifráveis na minha língua.
São significados
inexistentes no meu dicionário.
Elas não são para
expressar o que eu poderia dizer.
Às vezes são para
não contar o que gostaria de fazer.
Podendo ser a
continuação de algo ainda não dito.
Ou simplesmente o
início de um final implícito.
Minhas reticências
ajudam a me prolongar no tempo.
Faz-me viajar nos
meus pensamentos. E me perder!
Faz-me chegar ao
meu lugar. E me encontrar!
Elas são as quimeras
que assolam a minha mente.
E o branco
consciente do esquecimento proposital.
A minha
imprudência na direção dos meus sentidos.
A minha
consciência no rebuscamento textual.
Elas são vozes faladas
no silêncio da minha alma.
São palavras narradas
quando a boca não diz nada.
Minhas reticências
são os escritos invisíveis em mim.
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