quinta-feira, 28 de julho de 2016

Tão Perto, Mas de Mim Distante














Texto: TÃO PERTO, MAS DE MIM DISTANTE.
Autor: Sidney Santborg

Quando te vi já sabia de tudo...
Passei por entre tantas pessoas e meus olhos procuraram os seus.
Desvendei mistérios, li sua alma e a ti entreguei o meu segredo.
Algo guardado em mim, no mais íntimo do meu ser.
Pude me mostrar através de um olhar...
Uma palavra sequer foi dita.
Mas naquele momento os nossos olhos falaram...
Eles externavam o grito dos nossos corações.
E a sede de algo que somente a boca era capaz de mensurar.
Uma vontade indefinida que não sei explicar.
Por longos minutos só ficamos nos observando...
Uma atitude teria que ser tomada.
Então resolvi me aproximar.
Minhas mãos estavam geladas...
E na minha mente um ensaio de pensamentos.
Muitos deles desciam ladeira abaixo se atropelando.
Como te impressionar?
Como quebrar o gelo de minhas mãos?
Como falar do fogo que queimava meu coração?
Decidi finalmente ir até você...
Você estava parada, eu não podia perder aquela oportunidade.
Quando ia me aproximando, alguém chegou antes de mim...
– Oi, amor! Vim te buscar.
Passei direto por você, desviando-me do terrível engano.
O gelo das minhas mãos resfriou o fogo que queimava a minha alma.
E a dor do resfriamento brusco petrificou o meu coração que se quebrou.
E os mesmos olhos que a ti revelaram os meus segredos,
Agora externavam a dor da confusão.
Como última despedida resolvi te olhar, antes de seguir o meu caminho.
Vi novamente aqueles olhos me dizendo coisas que jamais conseguirei entender.
Eles me falavam de amor...
Porém a despedida era a atitude visualizada.
Quem sabe um dia seja diferente...
Você se foi e eu fiquei sem uma parte de mim.
Mas o que guardei de você é o que me faz jamais te esquecer.

Imagem retirada do blog: umaadolescentemtodoida   
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