Texto:
TÃO PERTO, MAS DE MIM DISTANTE.
Autor:
Sidney Santborg
Quando
te vi já sabia de tudo...
Passei
por entre tantas pessoas e meus olhos procuraram os seus.
Desvendei
mistérios, li sua alma e a ti entreguei o meu segredo.
Algo
guardado em mim, no mais íntimo do meu ser.
Pude
me mostrar através de um olhar...
Uma
palavra sequer foi dita.
Mas
naquele momento os nossos olhos falaram...
Eles
externavam o grito dos nossos corações.
E a sede de algo que somente a boca era capaz de mensurar.
Uma
vontade indefinida que não sei explicar.
Por
longos minutos só ficamos nos observando...
Uma
atitude teria que ser tomada.
Então
resolvi me aproximar.
Minhas
mãos estavam geladas...
E
na minha mente um ensaio de pensamentos.
Muitos
deles desciam ladeira abaixo se atropelando.
Como
te impressionar?
Como
quebrar o gelo de minhas mãos?
Como
falar do fogo que queimava meu coração?
Decidi
finalmente ir até você...
Você
estava parada, eu não podia perder aquela oportunidade.
Quando
ia me aproximando, alguém chegou antes de mim...
–
Oi, amor! Vim te buscar.
Passei
direto por você, desviando-me do terrível engano.
O
gelo das minhas mãos resfriou o fogo que queimava a minha alma.
E
a dor do resfriamento brusco petrificou o meu coração que se quebrou.
E
os mesmos olhos que a ti revelaram os meus segredos,
Agora
externavam a dor da confusão.
Como
última despedida resolvi te olhar, antes de seguir o meu caminho.
Vi
novamente aqueles olhos me dizendo coisas que jamais conseguirei entender.
Eles
me falavam de amor...
Porém
a despedida era a atitude visualizada.
Quem
sabe um dia seja diferente...
Você
se foi e eu fiquei sem uma parte de mim.
Mas
o que guardei de você é o que me faz jamais te esquecer.
Imagem retirada do blog: umaadolescentemtodoida
Ainda tô um pouca anestesiada...
ResponderExcluirTexto PERFEITO, Tem poesia nas palavras!!!
Adorei, Sidney! Muito bonito! Bjs Andreia www.mardevariedade.com
ResponderExcluirNossa, que lindo!
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