domingo, 30 de dezembro de 2012

Um Novo Tempo

Texto: UM NOVO TEMPO
Autor: Sidney Santborg

As músicas são as mesmas de sempre.
Mas as perspectivas mudaram, agora são outras...
Os acordes do violão insistem naquelas canções.
Do adeus ao velho, do feliz nascimento do novo.
Mas já ouço o som de um novo tempo...
Onde todos vão às ruas para quebrar suas algemas.
Despir-se das tristezas passadas e gritar feliz alegria!
Um novo tempo que apesar dos perigos.
Todos estão dispostos a lutar e vencer para sobreviver.
Um novo tempo que é saudado com as luzes dos fogos.
Que é brindado com os vinhos nobres sacudidos e estourados.
Um novo tempo onde o abraço é aguardado.
E seja dado com a sinceridade do que desejamos para nós.
Um novo tempo onde se possam realizar sonhos.
Onde se possa pôr em prática os planos traçados.
E onde se possa conquistar o que nunca se conquistou.
Um novo tempo recebido pelo branco.
Mas onde todas as cores devam prevalecer.
Como sinônimos da fé e da esperança de um povo.
Que tudo que quer é paz, saúde e sucesso...
Um novo tempo onde os corações não sofram com a dor.
Mas que batam acelerado por sentir-se cheio de amor...
Um novo tempo onde o bem possa reinar.
As luzes possam clarear os caminhos escuros.
E que todos possam agradecer, mesmo sem receber.
Um novo tempo feliz a todos!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Apocalipse Now! - Agora Não...

Texto: APOCALIPSE NOW! – AGORA NÃO...
Autor: Sidney Santborg

Deu-se o início do fim... A véspera do apocalipse aguardado...
- Como assim, aguardado?
- Sim, aquele que todos já sabem que irá acontecer... Tem data certa! E vai acontecer sexta-feira, ou seja, amanhã!
- E o fim de semana?
- Não existirá… Todos já estão antecipando suas compras... Quem não comprar até hoje, provavelmente não terá mais oportunidade.
- Nossa, que chato! Logo sexta-feira, o dia mais feliz para os trabalhadores, bem que podia ser na segunda... Pelo menos salvaria o fim de semana. Pior de tudo, estou sem grana pra me acabar hoje!
- Compra no cartão de crédito, se acabar tudo amanhã, nem vai precisar pagar... Mas se não acabar, vai estar garantido o parcelamento.
- Será? Sei não... Não quero dívidas.
- Ah, então, deixa como está...
- Você está com medo?
- Eu não! Se acontecer, não adianta temer e nem se esconder... Também não acredito em previsões, principalmente vindas de um povo chamado Maia. Não confio em ninguém com esse sobrenome. Tive uma namorada com esse sobrenome e a FDP só vivia mentindo.
- Nossa... E tem até políticos com esse sobrenome...
- Pior ainda, acho que confiaria muito mais se fossem previsões feitas pelos Silva ou Santos.  Confio muito mais nos Silvas da grande família e nos Santos, como Daiane dos Santos e Silvio Santos, pois eles têm mais credibilidade.
- Sim, com certeza! Mas ouvi falar que já tem gente indo para Goiás... Dizem que lá estarão protegidos... E também tem aqueles que estão se antecipando e enterrando-se em construções subterrâneas...
- Bobagem... Se for para Goiás, por ser Alto Paraíso e cheio de energia, vai ser o primeiro lugar a ser atingido; e aqueles que estão debaixo da terra, por lá ficarão soterrados...
- Cruzes! E como fugir...?
- Sei lá... Acho que vou tomar um Polaramine de 6 mg e dormir o dia todo, pois estou com uma putz alergia...
- Mas assim, você não vai ver o que vai acontecer...
- Nem estou preocupado... Pois, se tudo acabar amanhã, vai ser muito bem feito.
- Por quê?
- Acho que o mundo já acabou e faz tempo... E ninguém avisou.  Pois, quando ligo a TV, só vejo notícias terríveis, violências, desgraças... É tudo tão apocalíptico, que acho que só tá faltando o fogo consumidor.
- Mas o fogo consumidor já existe... Principalmente nessa época de Natal e fim de ano.
- Sim é verdade. É a explosão do mundo capitalista às vésperas do caos financeiro. É o apocalipse!
- E o mundo espiritual? A guerra do bem e do mal? Inferno e Céu?
- Esse é o outro apocalipse e ninguém sabe, nem os anjos do céu... Somente Deus. 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Portal da Vida

Conto: PORTAL DA VIDA
Autor: Sidney Santborg

Num estalar de dedos, eu apareci em um lugar diferente...
Estava percorrendo uma estrada sinuosa, onde o asfalto estava molhado e escorregadio. Contudo, isso não atrapalhava o percurso, pois eu estava flutuando... Em determinados momentos, parecia sobrevoar como um desses heróis do cinema, só que com o corpo rente ao asfalto, porém não chegava a tocar o solo.
E assim seguia sozinho, como se tivesse que chegar a algum lugar específico e aquela estrada iria me conduzir...
Quando de repente passou por mim uma garotinha de bicicleta, tinha no máximo três anos de idade; e sua bicicletinha era como um triciclo para levá-la com segurança. Ela estava em velocidade constante, mas quando passou por mim, me cumprimentou, chamou pelo meu nome e me fez uma pergunta que não consegui compreender. Porque estávamos indo em direções opostas e por estarmos em movimento, rapidamente nos afastamos e não pude responder. Tentei parar, mas não consegui... Pedi que ela repetisse a pergunta, contudo, novamente não consegui entender... Era como se ela estivesse falando em códigos, que naquele momento não podiam ser decifrados por mim, todavia, percebi que ela estava querendo me ajudar.
Então, disposto a saber o que aquela garotinha queria dizer, eu estendi minhas mãos ao chão e tentei parar, mas no momento em que toquei o chão, perdi minha capacidade de flutuar... Achei que conseguiria voltar, mas ao tentar subir, não consegui... Tinha perdido o impulso, meus pés estavam pesados, pareciam estar presos ao chão. Não conseguia me movimentar mais e a garotinha já havia sumido.
Diante do que havia acontecido, fiquei um pouco assustado, não conseguia compreender aquilo. Fechei os olhos para tentar me acalmar e senti algo se aproximando, não cheguei a ver o que era, mas percebi que não eram amigáveis, pois tinha uma força superior que parecia soprar a minha mente.
A sensação de perigo estava aumentando e comecei a me desesperar, estava realmente preso ao chão; tentava tomar impulso pra voltar a flutuar, mas não conseguia... O desespero tomou conta de mim quando percebi uma poeira negra vindo em minha direção, estava aflito, pois existia uma certeza que se aquilo se aproximasse um pouco mais, eu seria consumido.
Então, percebendo que não haveria outra coisa a fazer estendi minhas mãos para alto, como uma criança pedindo ao seu pai para tirá-la do berço. Clamei a Deus para me tirar daquela situação.  Nesse momento, vi as nuvens se abrindo e do céu apareceram imensas fitas, que eram brancas e brilhavam como pérolas... Tentei alcançá-las, mas não conseguia... Depois de três tentativas consegui, justamente no momento em que a poeira negra chegou. As fitas me puxaram e pude sair daquele local com segurança.
Já estava flutuando quando olhei para baixo e percebi que aquela poeira negra, era formada por figuras indefinidas, mas pareciam pessoas presas em uma névoa, que tinham o objetivo de capturar todos que pudessem alcançar.
Aquelas fitas celestiais me impulsionaram e me deram uma espécie de força, recuperei minha capacidade de antes e do alto vendo aquela névoa negra me acompanhando, como se esperasse a minha queda, resolvi seguir a orientação vinda do céu. Então, apontei para baixo e uma energia azul saiu das minhas mãos e foi dissipando toda aquela poeira negra até sumir por completo.
Depois disso, pude perceber de novo aquela estrada que eu seguia. Agora ela me pareceu diferente; sem dúvidas já não estava tão escorregadia e a direção também havia mudado, pois antes eu estava na direção oposta, seguindo o caminho contrário. Talvez aquela garotinha tivesse tentando me avisar... Infelizmente não consegui compreender.
Continuei meu novo percurso, parecia tudo diferente e tranquilo, quando me apareceram novamente figuras estranhas, agora pude perceber como eram... Pareciam soldados medievais vindo com um objetivo de guerrear. Estavam no meu caminho, querendo me parar, pois estavam guardando uma ponte que dava acesso a uma grande cidade. Confesso que fiquei apreensivo, pois estava flutuando a uma altura que não podia evitar o confronto. Mesmo assim, resolvi continuar... Sem medo fui a sua direção, pois era importante enfrentar aquilo, parecia até uma loucura, porém, sabia que tinha que continuar.
Quando me aproximei, eles apontaram suas lanças e fizeram um paredão para me deter, mas novamente me apareceram aquelas fitas brancas do céu e me puxaram para uma altura superior e pude sobrevoar por cima de suas cabeças. Eles chegaram a jogar suas lanças, mas não me atingiram, pois as fitas juntas formavam uma espécie de escudo protetor energizado, com a mesma energia azul que dissipou a névoa negra.
Quando ultrapassei essa barreira de soldados, percebi que a ponte era muito grande e era como uma fronteira, separando os dois mundos. As águas que passavam sob ela eram diferentes, pois até o meio da ponte tinha uma cor escura e fétida, do meio em diante às águas se tornavam quase transparente, tão límpida que se podia ver os peixinhos nadando.
Continuei o percurso e ao final daquela longa ponte cheguei a uma grande cidade, logo percebi que ganhava altura a cada momento que as construções iam aparecendo. Em determinados momentos eu estava sobrevoando prédios altíssimos, em outros momentos estava sobre prédios menores... E assim eu seguia, passando por toda a cidade e vislumbrando toda a beleza daquela experiência.
Quando de repente, adentrei uma grande sala branca, me senti aflito por estar preso, sobrevoava os móveis, mas meu corpo tocava em alguns objetos; tentava me esquivar para não tocar nas coisas, porém elas caíam e quebravam. Senti medo, pois fazia muito barulho os objetos quebrando no chão. Então, senti uma porta se abrindo... Tentei fugir... Procurei uma janela para sair, mas a única saída era aquela porta que se abria. E nesse momento, uma luz forte vinha lá de fora, ofuscando minha vista...
Então, apreensivo fiquei aguardando. Quando ela se abriu por completo apareceu um casal, não os conhecia, mas senti algo em meu coração. Eles estenderam as mãos para mim e pude segurá-las. Nesse momento tive a certeza que aquelas mãos eram de pessoas que eu conhecia. Eles me puxaram e eu passei pelo Portal da Vida, onde o casal estava. Então, nasci para o mundo real. E quando cheguei, para minha surpresa, encontrei aquela garotinha da bicicleta, que me deu um breve sorriso e disse: Cheguei primeiro que você.  Papai e mamãe estavam aflitos por causa de sua demora. Bem-vindo meu irmão!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Cuidado com o Cão

Texto: CUIDADO COM O CÃO!
Autor: Sidney Santborg

Uma palavra dita de forma a magoar.
Uma dor causada por alguém que ignora o seu gostar.
A frase maldita que não sai da mente.
E as paredes daquela construção que caem de repente.
O vento começa a soprar e levar a poeira...
Restando só os escombros pra juntar.
São entulhos sobrepostos prestes a desmoronar.
Um sentimento triste paira no coração.
E as lágrimas que rolam são de decepção.
As forças parecem que se evadem...
Os músculos já não aguentam o peso do esforço.
De tanto insistir em construir, destruir e juntar.
De imediato minha mente começa a trabalhar.
Maquinando uma forma de recolher os cacos da vida.
Então, surge uma nova visão.
Chega de construir castelos fincados na areia!
Chega de confiar em um órgão enganador!
Seja ele o sexual ou o sentimental...
De agora em diante, só vou construir fortalezas.
Construções fincadas nas rochas.
Com muros elevados para a defesa.
Sem portas, somente janelas e uma grande torre.
Para ver ao longe quem se aproxima...
Colocarei letreiros grandes e luminosos.
Para serem vistos de noite e de dia.
Com a seguinte descrição:
Aqui jaz um coração. 
Hoje somente a razão!
Afaste-se! Cuidado com o Cão.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

NIEMEYER - O Poeta da Arquitetura



Texto: NIEMEYER - O Poeta da Arquitetura
Autor: Sidney Santborg

A genialidade de um artista,
O traçado curvilíneo que o identifica.
A obra do arquiteto revolucionário.
Que encantou o mundo com seus trabalhos...
Sua contribuição é incontestável.
Gravou seu nome na história.
Fez do seu desenho a poesia da existência.
Fez de sua obra um marco da modernidade.
Transformou as formas em design.
Levou a arte ao cerrado e a fez cidade.
Fez da sua profissão obra estética de valor imenso.
Fez do seu trabalho o passaporte para a felicidade.
E por isso viveu muito e com alegria.
Fez do traçado no papel a escultura de concreto.
Mudando a visão do velho para o moderno...
Ele partiu, mas deixou o seu legado.
E por isso tornou-se mundialmente respeitado.
Oscar Niemeyer o poeta da arquitetura moderna.
Que não fazia projetos, e sim obras de arte.

Imagem: Zé Dassilva para o Diário Catarinense
Retirado do blog: http://www.humorpolitico.com.br/morte/adeus-mestre-oscar-niemeyer/

sábado, 24 de novembro de 2012

Mundo Virtual

Texto: MUNDO VIRTUAL
Autor: Sidney Santborg

Na virtualidade do meu mundo estou sempre buscando te encontrar.
Sei que estás tão longe, mas nem parece estar... Pois temos conexão.
E não é só o pensamento que nos liga, mas uma cadeia de ramificações.
Que por alguns instantes pode nos satisfazer e trazer paz...
Dá uma alegria poder te ver e te ouvir, isso até me contagia.
Porém, tudo é tão volúvel... Assim como você é inconstante.
E o meu mundo se desfaz tão rapidamente, como o fato de ter se iniciado.
Se não consigo ficar conectado, sinto uma falta em mim...
Uma sensação de tristeza beirando a depressão; um estado de necessidade...
Acho que é uma dependência, pois essa abstinência me traz ansiedade.
E isso me faz buscar cada vez mais estar ligado, torturando minha essência.
Modificando a sã consciência para voltar a esse mundo artificial.
Para viajar em ondas que não têm condições de permanência...
Dentro de uma rede solúvel interligada com espíritos mundanos.
Alimentada com a energia de almas curiosas ávidas por descobertas.
Cujo coração se perde na nebulosa ilusão do mundo virtual pagão.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Só Depende de Você

Texto: SÓ DEPENDE DE VOCÊ
Autor: Sidney Santborg

Só depende de você...
O que vai acontecer.
Se a gente vai se entender.
Só depende de você...
Se a nossa vida vai mudar.
Se vai continuar.

Não sei o que está querendo.
Não sei o que vai dizer.
Mas o meu coração.
Quer uma decisão...
Está apaixonado por você.

Só depende de você...
O que vai acontecer.
Se a gente vai se entender.
Só depende de você...
Se a nossa vida vai mudar.
Se vai continuar.

Amor quanta indecisão...
Deixa o seu coração falar.
O meu amor quer te levar.
A um novo lugar...
Então, vai se apaixonar.

Só depende de você...
O que vai acontecer,
Porque eu já estou aqui.
Só depende de você...
Porque já sou louco por ti.
Só depende de você...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O Nevoeiro

Texto: O NEVOEIRO
Autor: Sidney Santborg

A cada dia sinto a distância te levar...
Você parece estar bem perto.
Mas o nevoeiro atrapalha a visão.
E eu não consigo te ver...
O tempo vai passando.
A chama vai se apagando.
E começo a sentir o frio da solidão.
Um sentimento de perda na mente.
E uma dor cortando o coração.
Não lhe culpo por nada...
Sou eu o culpado por sonhar demais.
Sou eu quem deixa os sentimentos dominarem a razão.
Sou eu quem ainda não aprendeu a viver.
Pois fico buscando você.
Se um dia acharei? Eu nem sei...
Porque a distância também está me afastando.
E me fazendo viajar no nevoeiro...
Não sei direito o que será.
Mas nessas viagens posso encontrar alguém.
Alguém disposto a amar...
Alguém perdido como eu.
Mas querendo se encontrar...
Alguém cansado de sofrer.
Alguém que morra pra viver.
Alguém que queira ser feliz...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Fé e Coragem

Texto: FÉ E CORAGEM
Autor: Sidney Santborg

Em nossa vida existem caminhos a seguir... Mas faltam forças para tomar uma decisão.
Muitas vezes queremos chegar a um lugar, mas a dúvida toma conta de nossa mente... Porque surge o receio; e o medo de fracassar torna-se maior que a vontade de andar. E isso nos faz permanecer estáticos e sem perspectiva, paralisando a nossa evolução e crescimento. Normalmente se existe tal medo é porque falta fé, pois a fé é certeza. Os olhos não veem, mas a alma já sente. Fala-se em ver as conquistas com os olhos da fé. Portanto, não tenha medo... Seja corajoso! Sua coragem pode até não mudar o mundo, mas com certeza fará a diferença aonde você quer chegar. 
Muitas vezes a sua atitude, que seria pequena, torna-se uma grande obra, pois o seu despertar incentiva outros a acreditarem, que só é necessário um primeiro passo firme para começar a andar. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Complexo Reflexo

Texto: COMPLEXO REFLEXO
Autor: Sidney Santborg

Aqui me encontro... Olhando nos seus olhos.
Quero respostas! Quero novamente saber!
Saber de mim... Saber de você...
Saber como estou...  Poder me entender.
Estou mirando a sua retina, para ver a verdade.
Diz-me como decifrar! Diz-me como te enxergar.
Mais uma vez, fale a minha mente. Reflete o seu inconsciente...
Para me ouvir e entender, para não perecer...
Aprisionado na ficção de um mundo, que só existe em mim.
O que está acontecendo? Outrora te via refletir...
Mas agora o vidro está embaçado.
As manchas tiraram todo brilho.
O encanto está quebrado e o portal fechado...
Nesse espelho não consigo mais me ver.
E nada me importa, pois já não sei como estou...
Meu reflexo não existe e eu nem sei quem sou.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Som da Vida

Texto: O SOM DA VIDA
Autor: Sidney Santborg

O som da chuva caindo e molhando a terra.
O som da água escorrendo pelas pedras...
O som da goteira pingando na noite de temporal.
O som do vento adentrando a fresta da janela.
O som das trombetas tocadas pelos anjos... Será o apocalipse?
O som da tristeza do receio de tudo se acabar.
O som do silêncio do refúgio interior.
O som das aflições que o medo traz...
O som da solidão que grita em mim.
O som das lembranças em forma de canção.
O som da batida do coração, o som da vida.
O som dos pássaros a cantar...
O som da cidade a se movimentar...
O som do anúncio do novo dia.
O som da vida que se inicia.
O som do recomeçar.
O som do sol a brilhar.
O som da nova oportunidade de ser feliz.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Estrada da Vida

Texto: ESTRADA DA VIDA
Autor: Sidney Santborg

Peguei a estrada pra buscar alegria.
Uma bela estrada, que para a realização me conduzia...
Por mim os carros, caminhões e ônibus passavam.
Estavam em alta velocidade, mas a pé e devagar eu prosseguia.
Sem me cansar, continuei a caminhar.
Vendo a beleza, que ninguém mais via.
Quero continuar a andar e aproveitar o que essa estrada quer me mostrar.
Não quero carona, quero chegar ao meu destino.
Para que um dia possa contar a todos como cheguei.
As lutas que passei...
E me orgulhar de ter percorrido a estrada da vida.
Onde Deus era o meu guia.

sábado, 27 de outubro de 2012

Universo Particular

Texto: UNIVERSO PARTICULAR
Autor: Sidney Santborg

A cada dia tenho buscado conhecer o meu universo particular.
Mergulhando em pensamentos, que me levem à perfeita satisfação.
Não se trata de querer fugir de minha real situação...
Mas buscar uma forma de reflexão sobre o que realmente vale a pena.
Tentando transformar-me e fazer o meu universo interior infinito.
Não que eu precise de mais espaço, mas preciso reorganizar os meus planetas.
Colocar na órbita do meu sol as prioridades a serem conquistadas.
Para que possa sair da escuridão e da frieza das incertezas.
E deixar de vagar por galáxias longínquas, que me afastam do meu eu.
Levando-me aos riscos, onde a decepção é sempre iminente.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Por Um Dia, o Anjo da Vida













Conto: POR UM DIA, O ANJO DA VIDA
Autor: Sidney Santborg

De repente, estava sobrevoando uma cidade desconhecida...
Resolvi descer um pouco mais para observar cada pessoa daquele lugar.
Rapidamente senti algo passar por mim em alta velocidade...
Assustei-me um pouco, por ter passado tão próximo a mim.
Mas o que passou nem me notou...
Continuei o meu caminho bem lentamente flutuando sobre a avenida.
E logo avistei o que passara por mim... Tinha acontecido algo.
Fui me aproximando e quando avistei aquela aglomeração é que percebi...
Tinha alguém ali que não estava bem... Podia sentir a dor que aquele jovem sentia.
Como em uma conexão de pensamentos, ele me pedia ajuda.
Nos olhos existia o medo... E as lágrimas rolavam pelo seu rosto.
O desespero lhe afligia a alma...
Resolvi me aproximar um pouco mais; e logo sem que me notassem.
Atravessei toda aquela barreira de curiosos a sua volta.
Já estava a sua frente e ele me olhava fixamente, ninguém dizia nada, só esperava...
Em pensamentos me pediu que não o levasse... Assustado, eu não entendi...
Olhei para o lado, vi a sua moto despedaçada e seu capacete dividido ao meio...
Ele repetiu com uma voz trêmula... Tenho uma filha pra criar...
Pensei de imediato que o pobre rapaz estava delirando... O que ele acha que sou?
Tentei segurar sua mão para confortá-lo e não consegui...
Eu estava como uma figura translúcida.
Novamente olhei para seu rosto e ele agonizava...
Busquei alcançar sua face e de súbito senti algo...
Uma energia passava do meu corpo para o dele.
Senti meus ombros erguendo-se e asas em mim apareceram...
Não conseguia compreender tal fato... Mas naquele momento sabia como proceder...
Como um lençol branco minhas asas o envolveu...
Fechei os meus olhos e algo aconteceu... Luzes, muitas luzes...
Brancas luzes nos cobriram, como holofotes em nossa direção.
Nunca consegui saber de fato o que ocorreu...
Nunca estive naquele lugar... Mas certo dia...
Estava eu andando pela rua, quando do nada me apareceu.
Aquele jovem com um sorriso aberto, veio ao meu encontro e agradeceu.
E disse: não é pra entender é pra aceitar. Deus capacita os escolhidos...

Imagem retirada:
imaginescomliamniallharrylouiszain.blogspot.com

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Visão de Hoje

Texto: VISÃO DE HOJE
Autor: Sidney Santborg

Futuros habitantes deste imenso planeta... Hoje as pessoas se aglomeram em filas, grupos e outros... E nada nas sonoras ondas da música, fazendo de sua infelicidade a alegria para sobreviver. Pessoas que fecham os olhos, para que o coração não sinta a fome, que leva para outros planos, o homem que nada tem.
Apesar de um ser representar no poder milhares de outros, não influi em nada na igualdade desses milhares e sim em uma diferença cada vez maior que leva indiferentes às ruas, onde seu lar é o lugar que chegar.
As terras verdes e águas azuis, onde a vida está presente, podem desaparecer em um segundo, dominado pela ganância que nunca é ausente. Terras onde um só ser tem o poder para decidir quem vai viver e é capaz de construir a vida com a morte. Sem se prender aos preceitos da vida pode deformar toda uma geração, até mesmo destruir toda a população com o “Bum” de um simples tocar de botão.
Esses habitantes atuais transformam a beleza de um jardim em pó, que destrói a consciência e promove visões trazendo o inferno a sua frente, levando o indivíduo aos exércitos mortais, onde o mal tenta prevalecer.
O sofrimento e a violência têm clareado a escuridão dos grandes centros e se espalhado como uma epidemia... Ocasionando conflitos entre as mortalhas azuis e cinzas com os descamisados, que nem mortalhas têm.
Esse mesmo planeta, que destrói a inocência de uma criança, forçando o prazer por moedas e que mata sem oferecer o remédio pra curar, é altamente capaz de se reorganizar, possui meios que rompem fronteiras... E que podem influenciar milhares, seja para o bem ou para o mal; pode se reinventar e pode nos dar alegria, muitas alegrias, que somos capazes de chorar.


Este texto foi escrito em setembro de 1998. Estava revendo minhas coisas e o descobri em minhas anotações e escritos antigos. Resolvi compartilhá-lo com vocês.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Descoberta do Espírito

Texto: A DESCOBERTA DO ESPÍRITO
Autor: Sidney Santborg

Faça um mergulho no seu íntimo.
Desprenda-se de todos os problemas que o aflige.
Busque resgatar os melhores momentos da infância.
Visualize como tudo era simples e fácil.
Visualize a época da inocência, onde tudo era puro.
A maldade, a violência, os tormentos do dia a dia e os problemas não existiam.
Veja como uma criança precisa de tão pouco pra ser feliz...
Permita que a simplicidade daquele espírito imaculado encha o seu coração.
Permita o transbordo de alegria de dentro para fora.
Não importa se ainda é um jovem, um adulto ou um velho...
O que importa é ter esse espírito, onde tudo, mesmo que simples, possa te contagiar.
E você consiga externar a alegria que isso te proporcionou com uma gargalhada, ou apenas com um sorriso sincero, pois isso liberta a alma.
Essa alegria simples e pura é o Espírito Santo, que muitas vezes não deixamos espaço pra ele agir, fechamos nossos corações e não nos permitimos sentir a paz espiritual.  Por isso permita-se ter um espírito feliz como o de uma criança.
Ser adulto não é ter um espírito atormentado por preocupações e problemas.
Ser adulto é somente uma responsabilidade que se passa a ter no convívio social. Mas não deixe que esse convívio lhe afaste da paz espiritual, da verdadeira alegria e da simplicidade com que você possa viver.
Aprenda com as crianças, elas são simples e puras; elas são sinceras e por isso feliz; elas são protegidas de Deus; elas têm um Espírito Santo... Permita-se sentir essa alegria, abra as portas do seu coração, não importa o que os outros vão pensar ou falar, o que importa é viver feliz e saber que temos um Espírito Santo dentro de nós.

Um dia Feliz a todas as crianças e aqueles que têm um espírito jovem, sincero e feliz como uma criança.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Minha Árvore

Texto: MINHA ÁRVORE
Autor: Sidney Santborg

Mais uma vez, estou insistindo na árvore da vida.
Plantando uma nova semente, para vê-la germinar...
Insisto nisso, pois quero ver minha árvore crescer.
Por isso, tenho que cuidar de tudo...
Preparar a terra, regar todos os dias e se preciso for, vigiar.
Sim, vigiar muito! Para protegê-la das pragas e dos excessos.
Tenho que cuidar da minha árvore, até podá-la quando necessário.
Para que um dia floresça e possa gerar frutos.
Mesmo em meio ao deserto.
Pois estes serão mais valorizados.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Que Mundo Pertenço?

Texto: A QUE MUNDO PERTENÇO?
Autor: Sidney Santborg

Existem momentos que olho ao meu redor  e percebo que tudo está camuflado com as cores da distorção... Se existe essa cor? Nem sei... Mas é algo tão triste que me faz acreditar que pertenço a um mundo diferente.
Um mundo onde as coisas aconteçam de uma forma menos agressivas e menos exibicionistas, onde a maldade não impere e  os absurdos só aconteçam como uma ficção.
Um mundo onde a inocência de uma criança é respeitada e a sabedoria dos velhos valorizada. Um mundo onde exista compaixão.
Um mundo onde a morte somente aconteça por autorização de Deus e não por néscios, que não só matam, mas torturam... Levando a dor ao extremo, e que a maior piedade seja um tiro na cabeça.
Um mundo onde ser bom, não é ser bobo... Onde demonstrar o amor não é sinal de fraqueza, e sim uma qualidade. Onde fazer uma caridade não te leve a receber o nome de otário pelo mesmo irmão que acabou de receber o pão.
Um mundo onde o sorriso daqueles que não te conhecem não seja sinônimo de enganação. Quero um mundo de paz, onde  não somente o branco possa reinar, mas todas as cores sejam representadas. 
Um mundo onde se possa decidir que caminho seguir sem ser influenciado, onde acreditar no sonho não seja uma alienação.
Um mundo em que se possa viver de verdade a liberdade de forma individual, onde hipocrisia social não tente te igualar aos que dela fazem parte.
Um mundo onde o domínio capitalista não empurre goela abaixo, que a prosperidade somente venha com a materialidade de bens e que o valor pessoal dependa do que se tem ou aparenta ter.
Não quero ser bem tratado pelas minhas vestes, mas pelo meu caráter como pessoa, pelo ser humano que sou.
Quero um mundo onde a soberba não tenha espaço nos altos cargos, onde o degrau a subir não seja minha cabeça. Quero um mundo onde o povo seja respeitado.
Sim... Quero o meu mundo!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Minha Estrada

Texto: MINHA ESTRADA
Autor: Sidney Santborg

Andar em uma estrada, onde cada vez que percorro sinto-me distante...
Distante de onde? Distante de quê? Distante de quem?
Distante do mundo... Ou simplesmente, distante de mim...
Percorrendo em passos lentos, quando eu queria na velocidade da luz...
Numa caminhada, onde não consigo visualizar o final, mas o objetivo é chegar...
Ver a linha do horizonte e não conseguir alcançá-la porque é infinita.
Mesmo assim não desistir de tentar... Porque a cada passo ela se transforma.
Como em uma miragem no deserto, eu vejo perto, mas pode estar tão longe...
Chego até me questionar se existe...  De imediato reconsidero.
A visão fica embaçada com o nevoeiro existente no caminho.
Contudo, no meu íntimo a certeza que logo o sol brilhará...
E clareará aquele percurso, que por alguns instantes me pareceu turvo.
Mas era só a covardia fazendo-me acreditar em monstros...
Porém, sei que são apenas simulacros do receio.
É o medo me pregando a peça do "não vai conseguir..."
Por mais difícil que pareça a minha estrada, sei que ela me conduzirá.
As dores, os sofrimentos e as aflições são apenas obstáculos a vencer.
Porque ao final tudo dará certo... E eu encontrarei a minha felicidade.

sábado, 11 de agosto de 2012

Meu Pai é Meu Sol



















Texto: MEU PAI É MEU SOL
Autor: Sidney Santborg

A  princípio todos quietos.
Esperando algo acontecer...
Uma espécie de concentração.
Quando de repente, uma grande explosão...
E uma grande mudança toma conta daquele cenário.
Era como se uma força suprema tivesse nos lançado...
Jogado em um caminho nunca antes imaginado.
Mas que sabíamos a direção exata a seguir, até chegar ao alvo.
Não sabia o que estava acontecendo, mas tinha que me apressar.
Afinal, eram milhões à minha volta.
Todos se atropelando querendo chegar.
Era uma competição...  
E o prêmio, a possibilidade de continuar a viver.
Então percebi que tinha que correr...
Ser forte e me esforçar se quisesse alcançar.
Era como se eu tivesse que buscar o ar necessário para respirar.
Por isso, tinha que correr contra o tempo e contra todos.
Para não me perder ou morrer no percurso.
Meu inconsciente me guiava naquele caminho que era turvo.
Quando cheguei, consegui a vitalidade para desabrochar e crescer...
Naquele momento já me sentia uma semente germinando.
Pois havia encontrado as condições favoráveis ao meu desenvolvimento.
A partir dali, uma metamorfose aconteceu...
Quando estava completamente transformado.
Pude ver o Sol da minha vida.
Ele sorriu pra mim...
O Sol passou a estar comigo nos dias nublados.
Clareou os dias escuros nas horas de aflição.
Ensinou-me a ser forte e a lutar.
Ele passou a ser minha referência e a querer brilhar.
Ele estava presente todos os dias sem se cansar.
Fornecendo a energia vital para toda a família.
Sendo o astro rei do dia a dia...
Meu Pai é meu Sol.
Meu Pai é essa energia.
Meu Pai é minha alegria.


Feliz Dia dos Pais! Minha homenagem a todos os Pais...
E ao meu, um singelo obrigado, um beijo e um abraço!

Imagemhttp://nunesjanilton.blogspot.com.br

domingo, 5 de agosto de 2012

Sair do Chão

Texto: SAIR DO CHÃO
Autor: Sidney Santborg

Eu não quero mais ficar sonhando.
Vivendo com uma frustração.
Eu não quero mais ficar pensando.
E correr o risco de não sair do chão.
Passando a vida inteira a planejar.
E aguardando o momento certo pra agir.
Quem sabe se isso um dia vai chegar.
Por isso quero sair daqui...
Não vou ter medo de lutar.
Mesmo que esteja querendo fugir.
A caminhada é longa, mas tenho que andar.
Se um dia quiser conseguir...
Quem sabe faz a sua hora.
E nunca espera acontecer...
Se existe a derrota agora.
Possibilidade há de se vencer.
Eu não vou ficar só planejando.
Esperando chegar à solução.
Passar a vida desejando.
Quando o futuro está na minha mão.
Eu não vou ficar mais estático na vida.
Com medo de achar minha saída.
Porque os medos vêm e vão,
E eu quero é sair do chão.
Voar no céu do infinito.
Ter o horizonte como direção.
Viver o sonho mais bonito.
É o desejo do meu coração.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

25 de Julho














Texto: 25 DE JULHO
Autor: Sidney Santborg

Dizem que somos tristes.
Dizem que somos solitários.
Dizem que somos sensíveis;
Dizem que somos melancólicos.
Dizem que somos antissociais.
Dizem que somos românticos.
E que sofremos por amar demais.
Dizem tantas coisas...
Até que somos mentirosos!
Isso porque muitas vezes abordamos temas que não vivemos...
Sei que para descrever não é necessário vivenciar.
Basta observar pra sentir...
Não cabe a nós querer tirar qualquer impressão.
Seja ela, certa ou errada.
Somos o que sentimos ao escrever...
Somos indecifráveis em nossa essência.
Mas somos pessoas como qualquer outra.
O que nos caracteriza é a facilidade em descrever.
Expor o óbvio do dia a dia de forma criativa.
Transcrever os sentimentos em forma de palavras.
Trazer da mente as definições como de fato elas são.
Antes mesmo que percam sua originalidade no percurso até a folha de papel.
Somos Escritores! Pensamos, sonhamos, observamos, criamos, sentimos e contamos.
Se vão compreender? Depende apenas de quem nos ler.
Esse é o nosso dia... Dia do Escritor!

Imagem: http://alexfantastico.blogspot.com.br/

sábado, 21 de julho de 2012

Música: Vem ficar Comigo

Letra: VEM FICAR COMIGOFunk Melody– 13/02/2012
Autor: Sidney Santborg

Toda vez que eu passo.
Ela sempre me olha.
Mas se  eu a chamo...
Ela ignora.
E se me aproximo.
Finge nem me perceber...
E foge das perguntas para não me responder.
Insisto e pergunto se ela tem namorado?
Toda sem graça diz, que ele é casado.
Garota por que está nessa situação?
Ela diz que o namorado é o seu patrão...
Garota está sabendo, isso vai dá uma confusão!
Se a patroa te pegar, ela vai meter a mão!

Então, Vem ficar comigo!
Sem correr perigo!
Vem que eu vou te levar...
Vem pra minha cama!
Diga que me ama!
Eu vou fazer você gostar.
Eu vou fazer você... Gostar...

De tanto insistir, eu consigo a beijar...
Mas logo percebo, tem alguém a nos olhar.
A mina é doméstica na casa do safado.
Que logo diz a ela, não pode mais ficar.
Digo pegue suas coisas e vamos já sair daqui...
Tenho lugar bacana só para a gente curtir.

Então, Vem ficar comigo!
Sem correr perigo!
Vem que eu vou te levar...
Vem pra minha cama!
Diga que me ama!
Eu vou fazer você gostar.
Eu vou fazer você... Gostar...

sábado, 14 de julho de 2012

Timidez Adolescente

Texto: TIMIDEZ ADOLESCENTE
Autor: Sidney Santborg

Estava em um momento disperso.
Andando sem destino aparente.
Sem rumo e sem motivos, confesso!
Até que me veio de repente.
Um olhar direto e revelador.
Que me fez despertar.
Senti uma energia muito forte.
Como uma descarga elétrica.
Percorrendo o meu corpo.
Era impossível me conter...
Olhei para os lados e tentei disfarçar.
Mas não podia negar, ela mexeu comigo!
Era o meu corpo quem dizia...
A timidez era imensa.
Mas o desejo me consumia.
Ela percebendo a situação.
Maliciosamente sorria.
Constrangido e vermelho fiquei...
Sem saber o que fazer.
Resolvi então me negar.
Àquela oportunidade se foi...
E eu nunca mais a vi.
Por que covardemente fugi...
Tentei esquecê-la e não consegui...
Quis voltar àquele lugar e foi em vão.
Ela misteriosamente se foi.
Da mesma forma que me apareceu. 
Ela sumiu!
Tive medo de encará-la.
Hoje a malícia está em mim.
Mas nunca mais consegui encontrá-la.

domingo, 1 de julho de 2012

Milhares de Olhares













Texto: MILHARES DE OLHARES
Autor: Sidney Santborg

Olhares, milhares de olhares!
Milhares de olhares perdidos tentando achar...
Milhares de olhares perdidos buscando encontrar.
Alguém, que lhes queiram também.
Alguém, a quem possam amar.
São milhares! Milhares de olhares...
Olhares perdidos na dor.
Olhares despidos do pudor.
Olhares querendo um carinho.
Olhares tristonhos e sozinhos.
São milhares...
Milhares de olhares perdidos.
Atônitos no meio da multidão.
Olhares que vêm e que vão.
São tantos e milhares.
Milhares de olhares!
Olhares que invadem a alma.
Olhares que falam com calma.
Olhares que dizem bem mais...
Olhares que dizem vêm atrás...
São milhares!
Milhares de olhares.
Todos os dias milhares de olhares se cruzam.
Atente aos olhares, pois eles revelam.
Expõem a verdade com sinceridade.
O bem e o mal da humanidade.
Como janelas abertas mostram o interior.
A força ou a fragilidade daquele que olhou.

Imagem: http://bionews-gracindamarisa.blogspot.com.br/2012/02/hereditariedade-dos-olhos-verdes-o-meu.html

sábado, 23 de junho de 2012

O Princípio da Mudança

Texto: O PRINCÍPIO DA MUDANÇA
Autor: Sidney Santborg

Estou tentando colher os pedaços do meu eu.
Para poder me reciclar.
Tirar a parte ruim e me renovar.
Estou tentando mudar a minha postura.
Tirar os pensamentos que me levam ao desconhecido.
E me trazer para onde não devia ter saído.
Estou tentando um novo rumo.
Construir um novo caminho.
Onde não existam labirintos e não fique mais sozinho.
Estou tentando não me inebriar com devaneios.
Buscar um espaço para crescer.
Procurando aprender a me vencer.
Estou tentando me dedicar a minha plantação.
Investir nas boas sementes e fixar aos alicerces da existência.
Para poder colher os frutos da benignidade e sapiência.
Estou tentando chegar ao meu objetivo.
Priorizar o desenvolvimento motivador.
Para poder um dia dizer sem temor.
Valeu a pena!
É o meu dia.
É minha hora.
E agora é minha vez.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Prazer x Satisfação

Os sonhos fazem parte da vida de qualquer ser humano. E isso é muito importante! Pois é justamente o sonho que nos impulsiona a chegar onde almejamos.
O alcançar aquilo que queremos pra nossa vida, para alguns pode até chegar rápido... Mas isso é uma exceção. O natural é uma batalha muito grande, uma dedicação, uma preparação e acreditar realmente que se vai conquistar. Isso, porque são muitos os fatores que podem nos afastar daquilo que sonhamos.
Portanto, torna-se essencial que haja uma força de vontade, muitas vezes, optando por abrir mão de prazeres momentâneos  e  de determinadas coisas,  para se chegar ao objetivo e a uma satisfação futura e duradoura. 

sábado, 2 de junho de 2012

Declarando o meu Amor

Texto: DECLARANDO O MEU AMOR – Escrito em 14/07/2007
Autor: Sidney Santborg

Eu estava assim... Sem saber o quê?
O que fazer de mim, sem ter você?

Foi então... Que tomei a decisão.
Decidi te procurar.
E do meu amor te falar!

Foi então, que veio a surpresa enfim.
Você disse que também gostava de mim!
E assim... A paixão se revelou e hoje aqui estou.
Declarando o meu amor!

Um amor que chegou tão forte assim.
E me fez perceber que não vivo sem você.
E então... A gente vai namorar.
A gente vai se casar.
E pra sempre vou te amar!

sábado, 26 de maio de 2012

Amor Vampírico









Texto: AMOR VAMPÍRICO
Autor: Sidney Santborg

Ela vivia sempre enclausurada.
E no seu quarto escuro ficava.
Passava o dia inteiro a imaginar.
Uma forma de se libertar.
Somente à noite ela saia...
Despia-se da vergonha do dia a dia.
Vestia-se de preto, maquiagem pesada...
E para noite partia.
Queria encontrar alguém que a fizesse respirar.
Se livrar da maldição e da dor do pobre coração.
Já era tarde e nada acontecia.
Toda provocante ela se oferecia...
Olhares e desejos eram fáceis de perceber.
Mas o que buscava não dava pra ver.
Pelas tantas da madrugada resolveu se arriscar.
Jogava a rede e não vinha nada.
Mas queria pescar...
Até que enfim apareceu alguém.
Que estava sozinho e não tinha ninguém.
Visivelmente ela sorria...
Era aquele que ela queria!
Conversaram então...
Entenderam-se então...
Desejaram-se então...
Beijaram-se então...
Ela saiu correndo desesperada.
O pobre rapaz não entendia nada...
Ela queria fugir, tinha que sair!
Seu tempo tinha acabado.
Precisava abandonar o futuro namorado.
Isso, porque  um novo astro nasceu e ela perdeu.
O dia clareou e o encanto se quebrou.
Correndo preocupada, ela já estava cansada.
Cabelos ao vento e maquiagem borrada...
Sentou-se no chão e lamentou, muito triste chorou.
Não podia explicar o que se passava.
Pois o sol a transformava...
O calor maltratava sua pele.
Que muito branca se queimava.
Chegava a se derreter.
Como uma parafina.
De uma vela ao acender.
Era uma maldição...
Passada pelo irmão.
Que muito tempo a deixou.
Uma estaca cravada no peito o levou.
O que podia lhe salvar.
Era muito raro encontrar...
Sangue puro e quente de um rapaz inocente.
Que quisesse casar.
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