domingo, 15 de novembro de 2015

Seja Estrela...




















Texto: SEJA ESTRELA...
Autor: Sidney Santborg

Quando não se vê perspectiva para o que se busca.
E o silêncio é o argumento para o seu questionar...
O coração exterioriza nos olhos tristes a sua dor.
E as lágrimas que caem são o desabafo da alma...
Não há como negar que as vontades são malditas.
E o sopro do que vem a sua mente são espectrais.
Os murmúrios fantasmagóricos querendo te levar...
E te fazer acreditar que, o que pensou nada será.
Somente desatinos da mente viciada em iludir-se.
Um prazer autofágico que te transforma em morto.
Como escravos de desejos insanos e destruidores...
Fazendo-te prostrar-se perante a sua insignificância.
De repente um sopro diferente... Parecendo gelado!
Trazendo-te um cobertor frio aos seus pelos eriçados.
E ao mesmo tempo um calor de uma chama interior...
Arrepios! Fortes arrepios te dizem que algo te tocou.
Mas não da forma habitual... É uma sensação interior!
Algo diferente transformando a sua consciência morta.
Trazendo água às nascentes dos rios antes sem vida...
E as lágrimas que rolam são doces contentamentos...
A luz se acendeu e aquele obscuro tempo se foi...
E no horizonte a perspectiva de um longo caminho.
Mas com um lindo Sol cintilante te conduzindo de dia.
E uma bela Lua te saudando e te iluminando à noite...
Astros do Céu te mostrando o que fazer da sua vida.
Despertando-te para a sua importância neste ciclo vital.
Fornecendo-te a energia para também brilhar e conduzir.
Seja Estrela e faça a diferença na vida de alguém...

Imagem: www.barbarabraga.com

domingo, 20 de setembro de 2015

Coração Roubado














Texto: CORAÇÃO ROUBADO
Autor: Sidney Santborg

Ainda lembro como tudo aconteceu...
Ela estava sozinha sentada em uma praça.
Preocupei-me porque a vi chorar...
Estava tão frio e era alta madrugada.
Eu passei por ela, mas resolvi voltar...
Queria saber, por que estava lá?
Sem me olhar, nada respondia...
Eu insistia e voltava a questionar.
O silêncio era a resposta que eu ouvia.
Cansei e disse que tinha de deixá-la.
Entre soluços me disse para ficar...
Porque com ela ninguém se preocupava.
Seu peito estava sem um coração...
E sua alma na escuridão vagava.
Sentei do seu lado e ela esboçou reação...
Levantou a cabeça e enxugou as lágrimas.
Vi a bela mulher que na tristeza se escondia.
Olhos marcados por delineadores borrados.
Cabelos despenteados que ela tentava arrumar.
Confessou que não queria voltar para sua casa.
Pois a traição tinha destruído o seu lar...
Tinha encontrado o marido com a melhor amiga.
E isso ela não ia suportar, pensou até em se matar.
Segurei sua mão e disse que ele não a merecia...
Muito menos o sacrifício que ela pretendia.
Passei horas escutando o seu desabafo...
Busquei palavras benditas para confortá-la.
E em alguns momentos percebi um leve sorrriso.
Eu imaginava que havia levado luz à sua alma.
Mas do nada, um cara armado se aproximou...
Exclamando em alta voz: muito bem vagaba!
Ela se levantou e a ele se juntou...
E logo a ouvi dizer: perdeu playboy!
Levaram-me tudo... A tristeza agora era minha!
No lugar ermo e escuro eu me encontrava.
E o coração que ela havia perdido foi substituído.
Porque meu peito estava vazio e minha alma chorava.

Imagem: pedro-bial.tumblr.com

domingo, 16 de agosto de 2015

Final de Ciclo














Texto: FINAL DE CICLO
Autor: Sidney Santborg

As cortinas se fecharam.
As luzes se apagaram.
E no teatro vazio apenas o silêncio.
Talvez o próximo espetáculo traga alegria.
Quem sabe possa encher a casa vazia...
E os aplausos enfim apareçam.
Enquanto isso, o espaço seguirá fechado.
Quem sabe será reformado?
Quem sabe será de vez derrubado...
E dará lugar a uma nova morada.
Uma forma de tornar esse lar mais atraente.
Seja para visitação ou para guardar lembranças...
Histórias dos momentos que trouxeram alegria.
A existência de um presente que se foi...
De um futuro que se tornou passado na memória.
A história de algo que se imaginava existir.
O ciclo que se fechou antes mesmo de abrir.

Imagem: bucurestifm.ro

sábado, 4 de julho de 2015

Minhas Reticências














Texto: MINHAS RETICÊNCIAS
Autor: Sidney Santborg

O que eu quero dizer?
O que eu quero fazer?
As minhas reticências são incógnitas.
São mundos desconhecidos dentro de mim.
São palavras indecifráveis na minha língua.
São significados inexistentes no meu dicionário.
Elas não são para expressar o que eu poderia dizer.
Às vezes são para não contar o que gostaria de fazer.
Podendo ser a continuação de algo ainda não dito.
Ou simplesmente o início de um final implícito.
Minhas reticências ajudam a me prolongar no tempo.
Faz-me viajar nos meus pensamentos. E me perder!
Faz-me chegar ao meu lugar. E me encontrar!
Elas são as quimeras que assolam a minha mente.
E o branco consciente do esquecimento proposital.
A minha imprudência na direção dos meus sentidos.
A minha consciência no rebuscamento textual.
Elas são vozes faladas no silêncio da minha alma.
São palavras narradas quando a boca não diz nada.
Minhas reticências são os escritos invisíveis em mim.

Imagem: poucaspalavras.wordpress.com

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Palavras do Coração
















Texto: PALAVRAS DO CORAÇÃO
Autor: Sidney Santborg

Olho-te nos olhos e tento me controlar.
Eles dizem tantas coisas que me confundem...
Queria mergulhar nessa imensidão e me perder.
Queria passear por sua mente e te descobrir...
Seus olhos mostram o que eu quero enxergar.
Mas suas atitudes não dizem o que eles revelam...
Não entendo essa fuga e a desculpa de desviar o olhar.
Se o seu corpo quer descansar em meus abraços...
E se os meus braços querem te entrelaçar.
Deixa disso! Essa é uma falsa timidez...
Sei que as palavras ditas pelo seu coração,
São as mesmas que seus olhos me declaram.
Abraça-me! Beija-me! E me deixe sem ar.
Quero realizar os seus desejos...
Quero te sufocar com meus beijos...
Quero ser consumido pelo seu calor...
E na chama do seu amor pra sempre queimar. 

Foto: Douglas Andrade e Gabriela Nepomuceno

terça-feira, 21 de abril de 2015

Eu Sou Nem Um














Texto: EU SOU NEM UM
Autor: Sidney Santborg

Eu e você, juntos somos um!
Eu sem você, separados somos nem um!
Percorri mil caminhos além...
Destruí meu mundo zen...
Só para te achar.
Mas você nem ligou pra mim.
Disse que não estava a fim.
Destruiu-me só com um olhar.
E eu fiquei em meio à multidão.
Sozinho sem uma direção...
E disse que não iria mais me ver.
Que era para eu te esquecer...
E eu fiquei em meio à multidão.
Sozinho sem uma direção...
E disse que não iria mais voltar.
Que era para eu não te esperar...
Eu e você, juntos somos um!
Eu sem você, separados somos nem um!
Agora não adianta mais tentar!
Agora não adianta mais chorar!
Eu sou nem um em algum lugar!

Imagem: tatasantoslima.blogspot.com 

quinta-feira, 19 de março de 2015

Os Cadarços



















Texto: OS CADARÇOS
Autor: Sidney Santborg

Estamos tão distantes como antes...
Como os cadarços dos calçados.
Que estão separados sem o laço.
Sem o entrelace dos nossos braços,
Nossos corpos não se unirão...
Tudo ficou silencioso de novo.
Nenhuma mensagem sonora...
Nem um assovio no celular.
Nada! Tudo se acabou sem palavras.
Apenas um subentendido adeus...
Nem mesmo uma lágrima derramada!
Somente uma angustiante dor interior.
E na mente a certeza de que acabou...
O coração parece não entender.
Pois, não sabe o que fazer...
E por isso segue batendo devagar.
À espera da motivação para acelerar.
Se algo não acontecer, assim tinha que ser.
Os cadarços seguirão desatados e soltos...
Um para cada lado, sujo e pisado.
Mas à espera de alguém para atá-los.
E juntos formar o laço, antes do tombo da vida.

Imagem: Sidney Santborg

domingo, 1 de fevereiro de 2015

O Salto do Trampolim


















Texto: O SALTO DO TRAMPOLIM
Autor: Sidney Santborg

Contido na carapaça do dia a dia, que agonia!
Sufocado pelo laço da forca que me prende
E quer separar o meu corpo da minha alma.
Contraste da exigência socioprofissional
E a humildade do espírito. Sofrer... Derreter!
Transbordante maneira de morrer aos poucos
E continuar vivo, transpirando... Até secar!
Perdendo a força do corpo... Definhando!
Mas buscando o sustendo para conseguir chegar.
Foco no que está por vir! No salto do trampolim,
Que com o impulso me fará voar e me levará ao alto,
Para mergulhar de verdade na minha essência original,
Na imensidão de um oceano existencial sem fim...
Que me faz sentir a liberdade da capacidade em mim.
É a alegria que contagia o meu eu e me faz estar vivo.
Sentindo-me como um pássaro... Voando pelo céu azul!
Sendo massageado pelo vento que refrigera o espírito
E expulsa o calor do desânimo e me faz continuar...
Batalhando, lutando, trabalhando e tentando ser feliz!
  
Imagem: http://imgarcade.com/1/saltar-de-alegria/
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