sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O Tempo e O Vento














Texto: O TEMPO E O VENTO
Autor: Sidney Santborg

A fúria do tempo veio sobre mim...
Marcando com cicatrizes profundas,
Desenhando os traços cortados na pele;
E tingindo de branco o meu céu.

A fúria do tempo veio sobre mim...
Cronometrando os meus dias na Terra.
E induzindo um terrível valor,
Onde a sabedoria é julgada ultrapassada.

A fúria do vento veio sobre mim...
Levando a fantasia do mundo,
Quebrando a magia do encanto;
E derrubando os muros do castelo.

A fúria do vento veio sobre mim...
Sacudindo os meus pensamentos,
Mostrando a direção a seguir;
E cobrindo de areia o meu passado.

O tempo e o vento narrando minha vida,
O tempo e o vento contando minha história.
Mas jamais apagando os meus sonhos...
Porque dentro de mim, eles não envelhecem.

Imagem retirado blog: contextolivre.blogspot.com

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Engrenagem da Conquista


















Texto: ENGRENAGEM DA CONQUISTA
Autor: Sidney Santborg

Todo início requer mais que disposição, é essencial acreditar.
E o acreditar só habilita a crescer se souber onde quer chegar.
O movimento do corpo deve seguir junto com a mente racional.
Pois agir de forma desprovida de razão pode atrapalhar o foco.
A perda do campo de visão leva à dúvida, gerando a decepção...
Por isso, necessário se faz direcionar as forças para o objetivo.
Transformando a motivação em um treino praticado diariamente.
Existindo vontade e tendo um alvo, o preparar-se não é pesado.
Mesmo que seja uma extrema transformação angular de 180°.
A preparação para o novo requer o desapego das coisas velhas.
Coisas que não contribuem para o amadurecimento profissional.
E que vão contra o que se busca para o crescimento como pessoa.
A mudança de postura mostra objetividade nos planos traçados...
E o investimento, dedicação e comprometimento são as chaves.
Porém, a conquista só será bem-sucedida se trouxer satisfação...
Porque a mecânica sem as engrenagens lubrificadas com o amor.
Tende a desgastar-se e a romper-se pelo atrito da má gestão.
Acabando de vez com o elo do novo e o conceito de sucesso.

Imagem: http://lolomavignier.blogspot.com.br/

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Conspiração do Mundo

















Texto: CONSPIRAÇÃO DO MUNDO
Autor: Sidney Santborg

Sabe aquele dia em que tudo que você quer é dormir um pouco mais?
Eu estava assim, acordei e queria não acordar... Pelo menos, não naquele momento. Mas parecia existir uma conspiração do mundo contra esse sono... E não adiantava colocar o celular só para vibrar, tinha que desligar mesmo. Pois o que parecia era que o mundo estava acabando e eu detinha a chave que libertaria todos os seres da destruição total. Era assim que eu estava entendendo, já que todos tinham algo a me dizer naquele dia. Verdadeiramente era um complô.
Sim, percebi que era isso, porque até os pássaros resolveram cantar com mais entusiasmo e bem mais próximo à minha janela... O vento soprava raivoso adentrando a casa e furiosamente batendo as portas, movimentando todo o planeta que naquele momento era a minha casa...
E eu começava a me virar para os lados. A cada despertar um novo lado; era uma nova oportunidade de voltar a habitar o mundo dos sonhos... Os travesseiros foram usados como tampões nos meus ouvidos, porém isso não adiantou... Porque os barulhos e as intempéries não tinham fim.
Ensaiei me levantar e completamente dopado com o sono, que queria sonhar, me sentei na cama e por alguns segundos minhas pálpebras pesaram, cobrindo meu globo ocular e entrelaçando os meus cílios. Voltei a cochilar... Novamente aconteceu a revolta dos deuses dos sons, que resolveram atacar meus tímpanos... Era o caminhão do gás, que passava tocando aquela música clássica, que em minha opinião, desagradável soava... Principalmente por ter como solista o cachorro do vizinho, que não conseguia ficar parado e uivava como se aquela canção trouxesse sua amada; acho que era isso que ele pensava. Então, decidi... Tenho que levantar!
Fiquei de pé e fui arrastando os chinelos, com as pernas cansadas e o corpo pesando uma tonelada, me dirigi ao banheiro, demorou pouco já estava debaixo do chuveiro... Senti naquele banho frio o despertar. Era a energia que precisava para o corpo revigorar... Agora, era eu que começava a cantar, parecia que já começava a entender o que o mundo queria me dizer.
Depois do banho, tomei um café reforçado... Olhei para o dia, ele estava iluminado. Decidi então aproveitar o feriado.  Olhei a carteira, mas estava vazia... Não tinha grana, nem eu entendia. Mas mesmo assim, pensei: "eu vou sair!" . Então, seguindo o que minha mente dizia, eu parti...
Antes de chegar à condução olhei para o chão...  Eu nem acreditei, vinha uma nota trazida pelo vento, com uma onça rosnando em minha direção. Olhei para os lados ninguém percebi, sem dúvidas começava a acreditar na tal conspiração. Aquela nota agora iria se aconchegar na minha carteira que a engoliu com frieza.
Já partindo para algum lugar, que nem eu sabia onde queria chegar, me veio a confirmação... O mundo não estava contra mim, e sim ao meu favor. De repente, como encantamento, meu coração disparou, meus olhos fixaram uma beleza e logo descobri o amor. Que me apareceu do nada, do meu lado e se sentou... E disse com um olhar apaixonado, como você demorou. Não acreditei no que estava acontecendo... Belisquei-me, mas não acordei... Aquilo era de fato algo diferente. Então, percebi que me olhava sorridente... Senti o toque da sua pele e sua perna roçando a minha... Uma chama em mim se acendia e o corpo já sentia uma mudança que visivelmente constrangia. Aquele olhar queria me dizer algo, então me aproximei e com a certeza de um amor correspondido beijei com intensidade...
Logo, tudo estava se transformando, uma música clássica tocando e o cachorro do vizinho uivando. O vento batendo a porta, meu celular vibrando e até os pássaros na minha janela estavam cantando. E agora realmente estava acordado, era de fato uma conspiração do mundo dizendo que eu estava atrasado, pois precisava trabalhar, não era feriado!  

Imagem: www.overmundo.com.br

domingo, 10 de novembro de 2013

Observando o Tempo Passar















Texto: OBSERVANDO O TEMPO PASSAR
Autor: Sidney Santborg

Estou parado neste lugar... Observando o tempo passar.
Hoje não pude sair... Fiquei aqui! Tinha tantos lugares para ir.
Mas me vi enclausurado no meu pequeno, escuro e triste quarto.
Meu corpo não estava muito bem, não me sentia saudável...
Resolvi abrir a janela e fiquei observando o tempo passar.
Embora meu espírito estivesse passeando por lugares abertos.
Viajando por espaços que somente na minha mente podia ver.
Como pode o tempo está fechado em mim, se lá fora o sol brilha?
Como pude ficar assim, neste dia? Seria especial e me alegraria.
Mas estou aqui... De molho! Só observando o tempo passar.
Será um resfriado? Mas hoje nem está gelado! E eu aqui parado...
Trancado no meu quarto... Só observando o tempo passar.
Talvez se eu tivesse me esforçado; o corpo reagiria diferente...
Contudo, não me sentia realmente preparado para sair.
Além do corpo pesado, meu semblante estava enfadado.
Como me animar se no espelho eu me via desfigurado?
Triste, abatido e com o nariz entupido... Estava quase sem ar.
Não tinha jeito, mesmo a alegria estando lá fora, eu não a sentia.
Então, fiquei assim durante todo o dia... Observando o tempo passar.
Tentei aproveitá-lo e fazer algo diferente, mas o sono me consumia.
Era o efeito dos medicamentos ingeridos para poder logo melhorar.
E realmente constatei que o dia estava perdido, só a cama me abraçava.
Só nela encontrava aconchego e o calor que o meu corpo precisava.
O dia acabou e ficou uma sensação de perda... Isso é fato!
A noite chegou, mas pude sentir o calor... Era uma reação boa.
Pois o corpo, ora congelado, despedia-se da frieza do dia...
E novamente sentia uma energia no quarto me trazendo vida.
Agora me sentindo um pouco melhor, resolvi continuar a me cuidar.
Até me recuperar por completo e ver a luz do sol do outro dia.
Enquanto isso não acontece, fico aqui imaginando algo diferente.
Com você na minha mente e só observando o tempo passar.
Para quando tudo isso acabar e eu melhorar, enfim poder te ver.
E curtir os bons momentos... Sem ficar observando o tempo passar.

Imagem: http://serfelizeserlivre.blogspot.com.br/ 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Dia das Bruxas

 

Texto: O DIA DAS BRUXAS.
Autor: Sidney Santborg

As coisas estão ficando feias... As bruxas estão soltas!
Mas quem disse que isso é assustador? É moda!
Sim, a onda agora é fazer dos medos a alegria...
Fazer a festa em um cenário totalmente sombrio.
Onde o mercado é aquecido pela frieza mórbida.
Talvez morrer de medo seja coisa do passado.
O que era feio e causava arrepio, agora é engraçado.
O pobre do fantasma nem sequer aparece mais...
Ele tem receio de ser aprisionado em uma foto.
E ficar na virtualidade das redes sendo compartilhado...
A cultura de homenagear os monstros rompe fronteiras.
Espalhando-se pelo mundo como uma terrível epidemia.
Em um processo de unificação cultural monstruosa.
Mas quem disse que há preocupação com isso?
Os monstros importados são mais bacanas...
Aqueles monstrinhos da infância não tem graça!
Saci Pererê, Cuca Maluca, Mula-sem-Cabeça,
Curupira... Isso é bobeira!  Nem quero saber!
Legal é ver vampiros, bruxas e demônios voando...
E aquela abóbora com olhos e sorriso de fogo, show!
De onde vem isso? E o porquê disso? Cadê a Cultura Nacional?
Não sei... Perdeu-se ofuscada pela cultura celta, que é tão legal!
Vejo nas vitrines dos shoppings, vejo nas roupas e vejo em mim.
A minha galera toda também é assim... Viva o Halloween!

Imagem: http://www.music-for-music-teachers.com/halloween-songs.html 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aplausos ao Professor!




















Texto: APLAUSOS AO PROFESSOR!
Autor: Sidney Santborg

Aplausos àquele que nos ensinou; aplausos ao nosso professor!
Aplausos aos mestres, aos pais, aos amigos e aos amores...
Aplausos para todos aqueles, que da sua forma, nos orientou.
Aplausos para quem trouxe ensinamento, reflexão e conduziu a decisão.
Aplausos para os pais que todos os dias estudam com os filhos.
Aplausos às escolas que recebem seus alunos sem empecilhos.
Aplausos a quem desde o início nos pega pela mão e ensina a andar.
Aplausos à tia da creche que cantando mostra a importância de brincar.
Aplausos ao mestre que chamou a atenção para a aula em questão...
Aplausos para quem deu aquela nota, absurda em nossa opinião!
Aplausos aos amigos, que mesmo discordando, querem te apoiar.
Aplausos aos amores, que mesmo não tendo ficado, ensinaram a amar.
Aplausos ao mestre que com seu conhecimento nos influenciou...
Aplausos àquele que passou por nossa vida e nos deixou...
Aplausos a quem nos ensinou a importância de estudar.
Aplausos para os professores que sua vida é ensinar...
Aplausos para aquele que mesmo se dedicando não é respeitado.
Aplausos para aquele que mesmo reivindicando não é valorizado.
Aplausos a todos os queridos professores por nos ensinar a crescer.
Aplausos para o mestre dos mestres que a cada dia nos ensina a viver.
Aplausos aos nossos mentores; aplausos aos treinadores; aplausos aos mestres.
Aplausos aos educadores. E aplausos aos alunos, por ainda haver professores!

Imagem: Bonequinho em pé, do Jornal O Globo

sábado, 12 de outubro de 2013

Primavera Existencial













Texto: PRIMAVERA EXISTENCIAL
Autor: Sidney Santborg

O telefone tocou e eu não pude ouvir... Estava distante.
Somente percebi tal ligação quando o peguei na mão...
Mas era um número desconhecido, não me disse nada.
Então, novamente o deixei jogado de lado, não era você...
Por que somente eu tenho de reconhecer meu erro?
Por que somente eu posso estar errado neste nosso ato?
Ao fechar das cortinas tudo é tão diferente neste teatro.
Não sei se essa nossa vida é uma obra verídica ou ficção.
Esperei por alguns minutos a luz voltar a acender no display...
E nada, não aconteceu nada... Minutos e horas se passaram.
Tudo continuava na mesma... Dei-me conta de que não ia ligar.
Novamente me afastei, buscando me distrair, mas não adiantou.
Nos meus pensamentos você estava e o som do celular tocava...
Corri para atender, mas nenhuma ligação foi registrada.
Percebi que era apenas uma peça do meu inconsciente.
Causando mais um dano ao coração e um arder aos olhos...
Era uma brincadeira sem graça continuar a jogar dessa forma.
Por isso mais uma vez resolvi engolir a seco meu orgulho.
Procurei seu número nas últimas ligações e apertei o ligar...
Uma, duas, três, quatro, cinco, seis chamadas. Caiu na caixa postal!
Senti uma angústia dentro de mim, senti um choro retido.
Senti uma aflição e um sentimento malresolvido...
Aquele dia não passava... E até o vento doía na minha alma.
Até o sorriso rasgava minha pele ressecada pela decepção.
A lágrima enfim rolava pelo meu rosto e seguia ao chão.
Algumas delas morreram na minha boca e senti o gosto...
Percebi que o sabor não era o característico, era amargo.
Porque levava nela todo o sofrimento que estava sentindo.
Porque transportava a raiva e o desgosto interno deixado.
Sentia tristeza, mas sabia que aquilo era necessário...
Para me reconstituir; para recompor minhas estruturas.
Para voltar a sentir as células novamente se formando.
Depois disso tudo, eu tomei uma decisão, limpei o rosto...
O gosto amargo das lágrimas foi escarrado e cuspido.
Peguei o celular e apaguei tudo que lembrava você.
Excluí seu número da agenda e respirei fundo...
Acabou... Quem não quer agora sou eu, chega!
Estou renovado, transformado, curado desse mal!
E pronto para dar os primeiros passos em nova direção.
Andar pelos jardins de flores da primavera existencial,
Sentir novos perfumes que irão despertar um novo amor.

Imagem: http://alemmarpeixevoador.blogspot.com.br

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Flutuando pelo Céu


















Texto: FLUTUANDO PELO CÉU
Autor: Sidney Santborg

Como em um sonho eu fui despertado...
Estava dormindo ou sonhando acordado?
Era algo incrivelmente inexplicável.
Estava em um lugar completamente diferente.
As paredes eram brancas cintilantes...
Parecia uma grande sala ou um imenso quarto.
Não tinha móveis, era completamente vago.
Sem portas ou janelas, me sentia aprisionado...
Tinha piso em forma de tabuleiro de xadrez.
Com cores brancas e pretas brilhantes...
Tudo parecia tão imenso e eu um nada.
Em determinado momento apareceu uma escada.
Com muitos degraus que levavam até o teto.
Não resisti e dei o primeiro e o segundo passo.
Não foi tão difícil chegar ao primeiro degrau.
Quando já estava na escada vi o chão sumir.
Era como um aviso, não poderá voltar a partir daí!
Depois do sétimo degrau, um som começou ecoar...
Elevei meus olhos aos próximos degraus e vi um coral.
Eram crianças cantando uma belíssima canção.
Continuei os meus passos e elas me estenderam os braços.
Como se me chamassem ao encontro de suas mãos...
Quando cheguei até elas, fui conduzido ao alto.
Nesse momento, senti uma grande alegria e muita emoção.
Meu coração bateu acelerado, era algo mágico!
Quando cheguei ao último degrau, o universo se abriu...
As crianças agora eram anjos me dizendo para prosseguir.
Entrei naquele lugar e somente luzes, eu consegui enxergar.
Eram luzes brancas que sobre mim se transformavam...
Trazendo a minha mente luzes de cores diferentes.
Em alguns minutos já estava flutuando pelo céu...
Era algo impressionante, eu estava muito confiante!
Não soube o que aconteceu, mas saí com uma certeza.
E gritava bem alto para todo o mundo: eu vi a luz de Deus!

Imagem: http://teenagersthing.blogspot.com.br/

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Engano da Carne

















Texto: ENGANO DA CARNE
Autor: Sidney Santborg

Os raios lançados contra mim tentaram de várias formas me atingir...
Mas tento permanecer forte, com um escudo invisível sobre o meu peito.
Na tentativa de impedir que tais raios atinjam o meu ponto vital.
Sei que se isso acontecer será o começo do fim... Sim, exatamente!
Pois em um piscar de olhos estarei sangrando... Não literalmente!
Mas me vendo desfalecer por ter perdido mais uma guerra.
Não contra o mundo, contra um inimigo existente em mim...
As setas vêm de todos os lados, como flechas atiradas com fúria.
Que só querem acertar o seu alvo e esse não sou eu; ou tento não ser.
Basta apenas uma simples distração e já me sinto atingido...
Já sinto o impacto de ter sido acertado e a carne já começa dar sinais.
É inevitável lutar contra o veneno na ponta da lança batizada.
Sinto o calor do antígeno caindo na minha circulação acelerada.
Não sei se terei anticorpos suficientes para suportar essa agressão.
O que sei, é que será uma luta perdida, se realmente não me entregar.
Já vi tantas vezes isso acontecer; perdi tantas batalhas e sobrevivi...
O meu receio é sobreviver em pedaços e com as roupas em farrapos...
Por isso a fuga dessa tempestade! Não quero me molhar e ter um resfriado.
Não quero ser atingido por raios no percurso do que tenho sonhado.
Não quero me enfraquecer por ter virado alvo de flechas de desejos insanos.
Nem carbonizado por ter sido atingido por um raio de uma momentânea paixão.
É um engano da carne, que apenas faz sangrar um pobre e já ferido coração.

Imagem: http://cantosdaalmaemversos.blogspot.com.br/

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Bienal do Livro















Texto: BIENAL DO LIVRO
Autor: Sidney Santborg

Foram onze dias de muita comemoração...
Um espaço que ficou pequeno, tamanha a multidão.
Pois eram tantas estrelas que disputavam as atenções.
Que ficaram expostas de várias formas, como constelações...
Lado a lado ou enfileiradas, umas sobre as outras ou destacadas.
Em cima de mesas ou na mão; em prateleiras ou no chão.
Mas estavam lá para nosso deleite e felicidade.
Nesse portal chamado Bienal, os livros brilharam de verdade.
Levando a mundos desconhecidos ou não.
Romance, realidade, fantasia, distopia, ficção.
Valia ler de tudo ou até mesmo só observar...
Ver os autores e com eles fotos tirar.
Prestigiar os estandes das editoras.
Ver as crianças com as professoras.
Viver em um mundo encantado.
Não era a Disney, mas podia ser comparado...
Tamanha era a alegria que eu sentia.
Tamanha a emoção que me consumia.
Como uma criança em uma mesa de doce.
Queria está por lá todos os dias se possível fosse.
Faltou-me grana para comprar todos os livros sonhados.
A Bienal acabou, mas saí com alguns desejos realizados...
Poder rever os escritores amigos e abraçá-los.
Saber do sucesso nas vendas e parabenizá-los.
Existiram contratempos, mas nem gostaria de citar.
No coração só os bons momentos.
Que para sempre vou guardar.

Foto: Sidney Santborg

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A Flor Mais Bela


















Texto: A FLOR MAIS BELA
Autor: Sidney Santborg

Estava tudo tão parado, tudo tão calado, tão amargurado.
E eu sem saber o que fazer e para aonde ir...
Era um sentimento que estava aqui petrificado dentro de mim...
No meu quarto escuro, preso em meus muros de obsessão.
O meu mundo estava turvo e eu isolado, parecia sem visão.
Somente abrindo a janela percebi a flor mais bela.
Que passou a me olhar. Não achava graça nela.
Mas foi curioso e me deixou nervoso, voltei a enxergar.
Aquele dia negro, como seu cabelo, começou a clarear.
Senti o seu perfume, já via a sua beleza e a sua cor.
Era o seu sol trazendo luz e me fazendo sentir calor.
Senti uma chama quente no meu peito e o sangue a circular.
Pelas veias secas que pareciam raízes me fincando naquele lugar.
O meu semblante pálido de imediato começou a se corar.
Você me fez ouvir o som de uma linda canção...
Eram batidas fortes vindas do meu coração.
Eu já sentia o ar nos meus pulmões, estava a respirar...
Como um espanto já estava fora para te encontrar.
E com um sorriso branco você olhou pra mim...
Era um encanto te receber assim...
Bem-vinda VIDA... Esse é seu nome.
Bem-vinda amiga, não me abandone.

Imagem: bc-beblogspotcom.blogspot.com
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