sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Dia das Bruxas

 

Texto: O DIA DAS BRUXAS.
Autor: Sidney Santborg

As coisas estão ficando feias... As bruxas estão soltas!
Mas quem disse que isso é assustador? É moda!
Sim, a onda agora é fazer dos medos a alegria...
Fazer a festa em um cenário totalmente sombrio.
Onde o mercado é aquecido pela frieza mórbida.
Talvez morrer de medo seja coisa do passado.
O que era feio e causava arrepio, agora é engraçado.
O pobre do fantasma nem sequer aparece mais...
Ele tem receio de ser aprisionado em uma foto.
E ficar na virtualidade das redes sendo compartilhado...
A cultura de homenagear os monstros rompe fronteiras.
Espalhando-se pelo mundo como uma terrível epidemia.
Em um processo de unificação cultural monstruosa.
Mas quem disse que há preocupação com isso?
Os monstros importados são mais bacanas...
Aqueles monstrinhos da infância não tem graça!
Saci Pererê, Cuca Maluca, Mula-sem-Cabeça,
Curupira... Isso é bobeira!  Nem quero saber!
Legal é ver vampiros, bruxas e demônios voando...
E aquela abóbora com olhos e sorriso de fogo, show!
De onde vem isso? E o porquê disso? Cadê a Cultura Nacional?
Não sei... Perdeu-se ofuscada pela cultura celta, que é tão legal!
Vejo nas vitrines dos shoppings, vejo nas roupas e vejo em mim.
A minha galera toda também é assim... Viva o Halloween!

Imagem: http://www.music-for-music-teachers.com/halloween-songs.html 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aplausos ao Professor!




















Texto: APLAUSOS AO PROFESSOR!
Autor: Sidney Santborg

Aplausos àquele que nos ensinou; aplausos ao nosso professor!
Aplausos aos mestres, aos pais, aos amigos e aos amores...
Aplausos para todos aqueles, que da sua forma, nos orientou.
Aplausos para quem trouxe ensinamento, reflexão e conduziu a decisão.
Aplausos para os pais que todos os dias estudam com os filhos.
Aplausos às escolas que recebem seus alunos sem empecilhos.
Aplausos a quem desde o início nos pega pela mão e ensina a andar.
Aplausos à tia da creche que cantando mostra a importância de brincar.
Aplausos ao mestre que chamou a atenção para a aula em questão...
Aplausos para quem deu aquela nota, absurda em nossa opinião!
Aplausos aos amigos, que mesmo discordando, querem te apoiar.
Aplausos aos amores, que mesmo não tendo ficado, ensinaram a amar.
Aplausos ao mestre que com seu conhecimento nos influenciou...
Aplausos àquele que passou por nossa vida e nos deixou...
Aplausos a quem nos ensinou a importância de estudar.
Aplausos para os professores que sua vida é ensinar...
Aplausos para aquele que mesmo se dedicando não é respeitado.
Aplausos para aquele que mesmo reivindicando não é valorizado.
Aplausos a todos os queridos professores por nos ensinar a crescer.
Aplausos para o mestre dos mestres que a cada dia nos ensina a viver.
Aplausos aos nossos mentores; aplausos aos treinadores; aplausos aos mestres.
Aplausos aos educadores. E aplausos aos alunos, por ainda haver professores!

Imagem: Bonequinho em pé, do Jornal O Globo

sábado, 12 de outubro de 2013

Primavera Existencial













Texto: PRIMAVERA EXISTENCIAL
Autor: Sidney Santborg

O telefone tocou e eu não pude ouvir... Estava distante.
Somente percebi tal ligação quando o peguei na mão...
Mas era um número desconhecido, não me disse nada.
Então, novamente o deixei jogado de lado, não era você...
Por que somente eu tenho de reconhecer meu erro?
Por que somente eu posso estar errado neste nosso ato?
Ao fechar das cortinas tudo é tão diferente neste teatro.
Não sei se essa nossa vida é uma obra verídica ou ficção.
Esperei por alguns minutos a luz voltar a acender no display...
E nada, não aconteceu nada... Minutos e horas se passaram.
Tudo continuava na mesma... Dei-me conta de que não ia ligar.
Novamente me afastei, buscando me distrair, mas não adiantou.
Nos meus pensamentos você estava e o som do celular tocava...
Corri para atender, mas nenhuma ligação foi registrada.
Percebi que era apenas uma peça do meu inconsciente.
Causando mais um dano ao coração e um arder aos olhos...
Era uma brincadeira sem graça continuar a jogar dessa forma.
Por isso mais uma vez resolvi engolir a seco meu orgulho.
Procurei seu número nas últimas ligações e apertei o ligar...
Uma, duas, três, quatro, cinco, seis chamadas. Caiu na caixa postal!
Senti uma angústia dentro de mim, senti um choro retido.
Senti uma aflição e um sentimento malresolvido...
Aquele dia não passava... E até o vento doía na minha alma.
Até o sorriso rasgava minha pele ressecada pela decepção.
A lágrima enfim rolava pelo meu rosto e seguia ao chão.
Algumas delas morreram na minha boca e senti o gosto...
Percebi que o sabor não era o característico, era amargo.
Porque levava nela todo o sofrimento que estava sentindo.
Porque transportava a raiva e o desgosto interno deixado.
Sentia tristeza, mas sabia que aquilo era necessário...
Para me reconstituir; para recompor minhas estruturas.
Para voltar a sentir as células novamente se formando.
Depois disso tudo, eu tomei uma decisão, limpei o rosto...
O gosto amargo das lágrimas foi escarrado e cuspido.
Peguei o celular e apaguei tudo que lembrava você.
Excluí seu número da agenda e respirei fundo...
Acabou... Quem não quer agora sou eu, chega!
Estou renovado, transformado, curado desse mal!
E pronto para dar os primeiros passos em nova direção.
Andar pelos jardins de flores da primavera existencial,
Sentir novos perfumes que irão despertar um novo amor.

Imagem: http://alemmarpeixevoador.blogspot.com.br
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